segunda-feira, 11 de abril de 2011

Não havia mais amor. Nem carros atrasados cortando a madrugada. Nem o sono dos tranquilos. Nem uma batalha a ser travada na manhã seguinte. Não havia mais amor. Não havia mais nada. Deitados e olhando para um teto pronto a cair sobre suas cabeças, assim como QUEM CONTEMPLA O ABISMO TAMBÉM É CONTEMPLADO POR ELE, abusavam do sagrado direito de não dizerem coisa alguma um para o outro, não havia amor, não havia mais nada mesmo ali. Cansaram-se deles próprios, viraram cada um para o seu lado da cama, esperaram o amanhecer e então cada um seguiu por lados contrários, não olharam para trás, porque para trás não havia mais amor, não, não mais havia.

Nenhum comentário: