quinta-feira, 21 de julho de 2011
SOBRE SEUS DEUSES E MEUS MONSTROS
Fui eu quem criou a noite para nós,
Fui eu quem não conseguiu mais descansar
Pensando em como guardaria minha criatura.
E também, fui eu quem criou você para mim,
Assim da maneira como imaginei,
Assim, com os olhos meus,
Não os seus.
A tudo isso eu criei dessa maneira,
Porque foi assim que aprendi a fazer.
Mas eis que você veio e me disse
Que além das cercas farpada havia os jardins
Que sempre desejara encontrar.
E me disse mais ainda,
Que apenas lá brilhava um sol diferente,
Um sol que sempre desejara encontrar.
Mas como? Eu pensei.
Mas como? Eu perguntei.
Mas como saberia desses tais jardins
E desse tal sol além da noite que criei,
Se antes da sua existência fonema
Você nada sabia sobre coisa alguma?
E sem respostas você ficou.
E sem palavras me deixou.
E mesmo assim você se foi,
E ao amanhecer, a noite também,
E assim continuei,
Com a certeza de ter sido feliz
Nos instantes antes de acordar
Não conseguir mais criar
Coisa alguma.
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