quinta-feira, 21 de julho de 2011

TRÊS MINUTOS OU O INTERVALO DE UMA MÚSICA



O trem atrasado rasgando a noite levou meu sono, não consigo mais sonhar. Lágrima na chuva é paisagem na janela, acima das nuvens o céu tem mais estrelas. Terra dos Homens é bom lugar para se viver, a semente do vento é tempestade.
O gelo dos atos apagou o fogo, solidão é agora o nome do jogo. E na fila de espera, dentro de gavetas, na concha de retalhos. E na página virada, embaixo de tapetes, no álbum de fotografias, é você quem mais me esquece. È você quem nunca volta.
Meu desejo colocou na estrada placas de contramão e apenas você foi quem não as viu. E apenas você foi quem não ouviu o som da porta batendo quando tudo passou, quando tudo se tornou página virada.

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