terça-feira, 5 de junho de 2007

O ALIENIGENA

(claudio alving)

Em um dia de muito frio
Brinco de sete pecados
Com meu céu estrelado
Tentando por coincidência
Tropeços em moedas perdidas
Contentando-me, entretanto.
Na observação atenta
Da paisagem do meu continente
E descubro de passagem
Que há lugares que me lembrarei
E outros que deixarei pelos cantos
E assim continuarei fingindo
Desconhece-los por completo
Como partes de mim.

Hei, você não percebe,
Está aberta a tempo de caça
Aos cavalos-marinhos do aquário
Pegue seus sonhos perdido
E vamos também à busca
Do tempo adormecido.

Hei, não é estranho,
Não sei nada de você
E vice-versa
Mas esse sou eu,
Prazer em conhecê-lo
Sou, como você
Um outro alienígena
Saindo do abrigo subterrâneo.

Então, não tenha tanto medo de mim,
Sou mais uma brincadeira do destino,
Do seu destino.

(E segue o frio..).

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