sábado, 28 de maio de 2011

A GUERRA DOS BOTÕES

Isto que você esconde nas mãos
Tem um agradável cheiro de feriado,
Quando não tínhamos aula
E ficávamos nas calçadas de nossas casas
Contando os nossos melhores momentos,
Mas agora vejo, era só uma inocente maneira.
De esconder nossa tamanha inexperiência.

Tem também, uma adorável cor de entardecer,
Quando agradecíamos pela chuva
E fazíamos do futebol pelas ruas molhadas,
Partidas de sangue, suor e lágrimas.
Mas, na verdade era nossa forma.
De fazer do simples algo sem igual.

Ah, no primeiro diz do resto de minha vida,
Vou acordar bem tarde para aproveitar
Até o último instante meu resto de mim mesmo,
Para quando você não mais estiver comigo
Eu possa me lembrar que nenhum segundo foi em vão.

Isto que escorre pelo seu rosto
Tem gosto de namorar
Quando sorriamos do nada
E andávamos de mãos dadas na estrada
Fazendo promessas que nunca se cumpriria,
Mas, na verdade era só a felicidade.
Dividindo o tempo entre antes e depois.

Tem também, um jeito delicado de dia com febre.
Quando não queríamos remédio
E gerávamos improvável melhorar
Quando os amigos chamavam para brincar,
Mas com certeza era nossa ingênua maneira
De esconder o medo da perda do chão.

No caminho da casa até o trabalho
Vou passar pelo lado bom dos momentos difíceis
Para quando você não mais estiver comigo
Eu possa me lembrar que nenhum segundo foi perdido.


E, tem cara de fim de inocência
Quando a gente perde a adolecência
E não se sabe qual o lado para seguir
Escondendo nossos maiores temores,
Mas, na verdade é só saudade
Do que agora só reside na memória.

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