sábado, 28 de maio de 2011

RIO CÁTION

Não preciso de ninguém para me ensinar
Como se faz para melhor eu me quebrar,

Eu consigo sozinho sem nenhuma ajuda,
Estou andando no limite
Que minha dor determinou.

Não há como desaparecer completamente
Nem como piorar o estado crítico das coisas.

Pegue meu corpo no fim do corredor,
Estou cansado o bastante
Para o que restou do que agora sou.


Você nunca terá razões para duvidar
Dos descaminhos que trazem até aqui,

Ouça o toque do silêncio lembrando
Ao prisioneiro por mim inventado
Que não saio porque não quero.

Você também não precisa parar e chorar
Por tudo que desisto de viver morrendo,

Eu continuo sozinho sem nada esperar,
Sempre rastejando no limite
Que o que sou me ensinou.


Mas se ao menos você acreditasse
Que se eu lhe ferir não foi por mal.
Ah, se ao menos você acreditasse...

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